segunda-feira, 31 de agosto de 2015

BNDES libera R$ 2 bilhões para financiar estocagem de etanol

BNDES libera R$ 2 bilhões para financiar estocagem de etanol

Condições estão mais duras que no ano passado.
Banco espera que a linha sirva estocagem de até 1,4 bilhão de litros.

Da Reuters
Uma linha de crédito de R$ 2 bilhões do BNDES para que usinas de cana possam financiar a estocagem de etanol para uso na entressafra estará disponível nas agências de bancos comerciais a partir de terça-feira, mas as condições de financiamento estão mais duras do que as registradas no ano passado, quando todo o volume de recursos foi tomado.
O BNDES espera que a linha seja suficiente para estocagem de até 1,4 bilhão de litros de etanol, confirmou o banco. A linha de financiamento de estocagem de etanol do BNDES é considerada importante para auxiliar usinas a manter estoques do produto na entressafra, principalmente do tipo anidro, que é misturado à gasolina.
Nos últimos dias, executivos de companhias do setor sucroalcooleiro reclamaram da demora na liberação dos recursos por parte do banco, já que a safra já se encaminha para a sua parte final – iniciou oficialmente em abril e termina em dezembro, na maior parte das empresas.
A linha chega com mudanças em comparação à que foi aprovada em 2014 e que foi toda utilizada, principalmente nos juros.
Em 2014, os recursos eram corrigidos pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), mais 1 por cento ao ano e a remuneração da instituição financeira credenciada, de 1,7% ao ano.
Em 2015, a linha terá custo financeiro misto, com 25% baseado em TJLP e 75% em referenciais de mercado, acrescido de 1,775% ao ano para o BNDES e da remuneração da instituição financeira, que será negociada livremente entre o cliente e o banco repassador do crédito.
O limite de financiamento é de R$ 500 milhões ou 20% da receita operacional bruta (ROB).
O consumo de etanol subiu fortemente no Brasil neste ano. Em julho apenas o uso do tipo hidratado (utilizado nos carros flex) ficou 55% acima de igual mês do ano passado, atingindo maior volume mensal da história, em 1,55 bilhão de litros.


Governo prevê alta de 40% no déficit da Previdência em 2016

31/08/2015 19h58 - Atualizado em 31/08/2015 19h58

Governo prevê alta de 40% no déficit da Previdência em 2016

Estimativa consta no projeto da lei orçamentária do ano que vem. 
Para este ano, estimativa do resultado negativo é de R$ 88,9 bilhões.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, deverá avançar 40,5% em 2016 e atingir a marca de R$ 124,9 bilhões, segundo estimativas divulgadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nesta segunda-feira (31). Será a primeira vez que o déficit do INSS superará a barreira dos R$ 100 bilhões.
Neste ano, a estimativa é de que o resultado negativo some R$ 88,9 bilhões. O aumento, de um ano para o outro, será, se confirmado, de R$ 36 bilhões. As previsões do governo constam na proposta de orçamento federal do ano que vem, documento que foi enviado hoje ao Congresso Nacional.
Segundo o Ministério do Planejamento, serão necessárias medidas legais e infra-legais para redução do resultado negativo do INSS. Essas medidas, informou o Ministério do Planejamento, serão discutidas no Fórum da Previdência Social, que se inicia nesta semana.
Em junho, após o Congresso derrubar o fator previdenciário - fórmula matemática que tem o objetivo de reduzir os benefícios de quem se aposenta antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, e incentivar o contribuinte a trabalhar por mais tempo – e instituir a fórmula 85/95 (soma da idade de contribuição mais a idade, para homens e mulheres), o governo enviou uma Medida Provisória ao Congresso Nacional.
Na MP, o governo propôs que a regra para aposentadorias avance, gradativamente, até se atingir uma formula 90/100 em 2022. Naquele momento, o governo informou que essa solução seria momentânea e que novos ajustes, a serem discutidos no Fórum da Previdência Social, seriam necessários para dar sustentabilidade ao INSS no futuro.

Oposição critica previsão de déficit; base defende transparência

Oposição critica previsão de déficit; base defende transparência

Proposta para 2016 entregue pelo governo prevê déficit de R$ 30,5 bilhões.
Orçamento para 2016 precisará ser aprovado por deputados e senadores.

Fernanda Calgaro, Laís Alegretti e Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
Após o governo entregar ao Congresso a proposta de Orçamento para o ano de 2016 comprevisão de déficit (receitas menores do que despesas) de R$ 30,5 bilhões, parlamentares de oposição e da base governista divergiram sobre a estimativa do governo. A oposição criticou a previsão do governo. Já a base defendeu a transparência da equipe econômica diante da crise financeira.
A proposta foi entregue pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, nesta segunda-feira ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O projeto traz uma previsão de crescimento econômico de 0,2%. A inflação estimada pelo governo é de 5,4%, e o salário mínimo previsto é de R$ 865,50.
Veja abaixo a repercussão política da proposta de Orçamento para 2016:
Aécio Neves (MG), senador e presidente nacional do PSDB
"Nós estamos assistindo a um definitivoatestado de incompetência desse governo. Num dia em que o governo, na verdade, demonstra pelos seus próprios atos a sua incapacidade de governar o Brasil, depois de 13 anos de governo do PT, não foram poucos os alertas que fizemos ao longo de todos esses últimos anos e o governo, sequer, consegue apresentar ao Congresso Nacional, uma proposta de orçamento equilibrado. Hoje, nós estamos assistindo a um definitivo atestado de incompetência desse governo que, ao gastar de forma perdulária, irresponsável, para vencer as eleições, não consegue agora fazer o que é essencial."
Arthur Oliveira Maia (SD-BA), líder do Solidariedade na Câmara
“Vamos apresentar um requerimento para pedir a devolução do Orçamento ao presidente do Congresso porque a presidente Dilma Rousseff está querendo transformar o Congresso em cúmplice dela em mais um crime de responsabilidade fiscal. Queremos que ela readéque o Orçamento. Não se faz orçamento a partir dos gastos, mas a partir das receitas. Uma pessoa que recebe um salário gasta em função do que recebe e não do que gostaria de receber. O orçamento parte da receita. O governo deve fazer um estudo que aponte a forma mais eficiente de gastar aquilo que se tem.”
Blairo Maggi (MT), líder do PR no Senado
"O governo reconhece, a partir desse Orçamento de 2016, que o país está quebrado. E país quebrado, empresa quebrada ou cidadão quebrado deve agir como quebrado, não pode uma empresa, um cidadão ou um país, ou um Estado que tem dificuldades nas suas contas se comportar como se nada estivesse acontecendo. Então, o governo, muito claramente, de modo transparente, ou sendo obrigado, vem e coloca que, em 2016, o Orçamento será deficitário em R$30 bilhões. Muito bem. Eu acho que esse é o ponto de partida, acho – vou repetir – que esse é o ponto de partida para uma reorganização das contas públicas brasileiras."
Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da oposição na Câmara
"O déficit é um número assustador. É a confirmação de que o governo fez qualquer coisa para vencer as eleições. A população vai durante muitos anos pagar a conta de um governo que pensou apenas em vencer as eleições. [...] Corremos um sério risco de sermos rebaixados [nas agências de risco]."
Cristovam Buarque, senador (PDT-DF)
"Oito meses atrás, a presidente disse que tudo estava uma maravilha. A ilha da fantasia houve durante todos os quatro anos do governo, com diversos programas insustentáveis. Felizmente, caiu a ilha da fantasia, caímos na real. Agora precisam dizer: 'Por que chegamos a isso? Quais são as consequência disso?' Vamos ter que fazer um exercício para resolver. O governo quebrou e nós vamos ter que resolver isso."
Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado
"Acho que o governo, pelo menos, apresentou uma proposta que reflete a realidade orçamentária do país. Vai haver um diálogo forte entre o Executivo e o Legislativo. O pior seria se tivesse sido apresentada uma proposta de orçamento maquiada. Acho que é um alerta importante para a gente trabalhar numa pauta, no Congresso, para recuperar a situação do país. Isso não quer dizer que o Executivo tenha colocado a responsabilidade em cima do Congresso. O governo quer colocar um diálogo, mas pra fazer isso tem que ter vontade política."
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara
"[O governo terá de] cortar gastos onde for possível cortar. Reduzir ministérios, cortar cargos de confiança o máximo que se puder e, simplesmente, vai ter que cortar tudo. Vai ter que cortar despesas, vai ter que cortar tamanho de governo, vai ter que cortar investimentos, vai ter que cortar tudo. É inevitável, o governo vai ter que diminuir o tamanho do seu gasto de acordo com o tamanho da sua receita."
Jorge Viana, vice-presidente do Senado (PT-AC)
"É responsabilidade de todos. O que estava muito ruim neste país era que nós estávamos vivendo meio que uma ilha da fantasia [...] de ter um Orçamento que é mais uma ficção do que uma realidade. Esse Orçamento que nós recebemos aí, parece, nós vamos ter um debate ainda nele, que é bem mais perto da realidade. Eu, se fosse a presidenta, se estivesse lá na assessoria dela, hoje era um dia de ela falar para o país, do lado do ministro do Planejamento e da Fazenda: 'Olha, eu estou aqui apresentando uma peça realista, eu estou pedindo o apoio do Congresso Nacional, conto com o apoio. Quero o apoio da sociedade'. O nosso país é capaz de superar tudo isso."
José Agripino Maia (RN), senador e presidente do DEM
"De repente, de forma inédita, o governo manda, como nunca fez antes, uma proposta com déficit e entrega uma bomba para o Congresso. Tira, com isso, a responsabilidade de si e passa para o Congresso. É entregar uma bomba produzida pelos desmandos do governo. O governo tem que cortar despesas, para evitar o déficit. Uma alternativa seria devolver essa peça orçamentária, tendo em vista que isso nunca aconteceu. É a primeira vez que acontece essa bomba, que significa fugir à responsabilidade [de equilibrar as contas públicas]."
Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara
“É a consagração do desastre do governo, que fez de tudo para viabilizar a reeleição e hoje quem paga a conta é a população, com inflação de quase dois dígitos, desemprego recorde e perda de renda. Eu acho que o governo tem que fazer não só o diagnóstico do rombo fiscal existente, mas também apresentar soluções, que não passem por aumento de imposto, porque o povo brasileiro não suporta mais”, disse.
Paulo Pimenta (PT-RS), deputado e líder do governo na Comissão Mista de Orçamento
"O orçamento, da maneira como foi encaminhado, ele amplia o protagonismo do Congresso. Ele é um Orçamento realista, portanto traz números que não estão superestimados. Caberá ao Congresso fazer a discussão de como vamos fechar as contas. [...] Nós vamos encontrar uma alternativa para a conta fechar. Eu acho que é muito difícil que ela feche sem que alguma receita nova possa ser proposta".
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado
"O aumento de imposto não pode ser caminho único. Primeiro é preciso cortar despesas, melhorar a eficiência do gasto público. E o Congresso está disposto a colaborar nessa direção. Acho que esse Orçamento, apesar do déficit, é uma mudança de atitude, é um primeiro passo. É menos ficção, é mais realismo, e é preciso que nós ajudemos. Esse Orçamento significa, do ponto de vista da gestão, um avanço. O realismo orçamentário fala primeiro da necessidade de nos mobilizarmos todos, Congresso, sociedade, poderes, para encontrarmos saídas para o país. E essas saídas estão propostas no que chamamos de Agenda Brasil, cuja comissão será instalada no Senado."
Ricardo Barros (PP-PR), deputado e relator do projeto do Orçamento de 2016
"O Congresso vai ajudar o Brasil. É nosso papel aprovar a peça orçamentária. [...] O que agradecemos é que governo manda um Orçamento realista e queremos que ele saia daqui também realista. Se não houver possibilidade de mais cortes na despesa ou mais aumento na receita, não vamos também maquiar o Orçamento. Mas é uma missão do Congresso equilibrar as contas do país também."
Roberto Freire (SP), deputado e presidente nacional do PPS
"O ineditismo do governo Dilma, ao enviar para o Congresso um orçamento com déficit, causa preocupação aos parlamentares e brasileiros em geral. Isso indica a grave crise de governabilidade que assola o país e a irresponsabilidade da presidente da República ao não observar a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, que trata da obrigatoriedade de envio de um orçamento equilibrado. [...] Arrisco a dizer que o Congresso Nacional deveria devolver [o projeto] com déficit para que o próprio Executivo exerça aquilo que é sua responsabilidade: fazer os cortes e ajustes que se impõem para o equilíbrio orçamentário."
Rose de Freitas (PMDB-ES), senadora e presidente da CMO:
"Nós não gostaríamos de ter uma peça orçamentária que fosse maquiada e trouxesse números distantes da realidade do país, e foi isso que aconteceu. Pela primeira vez, a peça orçamentária não tem nenhum acréscimo para agradar este ou aquele setor político, para ficar bem na foto, nada disso existe. Existe uma discussão real e vamos ter que trabalhar."
Sílvio Costa (PSC-PE), vice-líder do governo na Câmara
"[Orçamento mostra] a seriedade do governo e o seu compromisso de falar a verdade para as pessoas. A oposição brasileira vive dizendo que a presidente Dilma mentiu na eleição passada, mas isso mostra que ela é uma mulher digna, honrada e que está dialogando com a opinião. [...] Nenhum país do mundo está imune ao movimento ondulatório da economia. Todos os países já passaram por crise, por problemas de fluxo de caixa. Agora, ninguém está negando que o Brasil está precisando evidentemente repactuar algumas linhas da sua economia."

Jornalista confessa ter provocado pânico nas bolsas na China

Jornalista confessa ter provocado pânico nas bolsas na China

Em artigo, disse que reguladores estudavam saída dos fundos públicos.
Jornalista foi detido após recente tempestade na bolsa chinesa.

Da France Presse
Wang Xiaolu durante confissão na TV estatal de que teria passado informações falsas (Foto: CCTV/AFP)Wang Xiaolu durante confissão na TV estatal de que teria passado informações falsas (Foto: CCTV/AFP)
Um jornalista econômico confessou nesta segunda-feira (31) ter provocado pânico e desordem nas bolsas chinesas e gerado enormes perdas ao país, segundo um vídeo divulgado pela televisão estatal, quando as autoridades tentam devolver a calma aos mercados.
Wang Xiaolu, jornalista da revista Caijing, foi detido após a recente tempestade na bolsa chinesa pela difusão de notícias falsas sobre as ações e os mercados, segundo a agência oficial Xinhua.
Wang, em um artigo publicado em julho, afirmou que os reguladores do setor estudavam a possibilidade de uma saída do mercado dos fundos públicos.
Essa perspectiva de uma retirada prematura era suscetível de gerar grande incerteza entre os operadores, num momento em que Pequim atuava com força para estabilizar as bolsas, em particular mediante compras maciças de ações por parte de organismos públicos.
A Comissão chinesa de regulação de mercados financeiros (CSRC) desmentiu rapidamente as informações do jornalista, classificando-as de irresponsáveis.
O jornalista apareceu em um vídeo divulgado nesta segunda-feira pela televisão estatal CCTV confessando diante das câmeras que havia buscado deliberadamente dramatizar a situação.
"Não deveria ter publicado este artigo que impactou negativamente o mercado num momento muito sensível (...) Lamento profundamente", declarou.
Este tipo de confissão televisionada, inclusive antes de um julgamento, é uma prática habitual naChina, onde a justiça está estreitamente submetida ao poder político.
Segundo a Xinhua, o jornalista confessou que suas falsas informações "provocaram pânico e desordem na bolsa, abalando seriamente a confiança dos mercados e infligindo enormes perdas ao país e aos investidores".
Missão de informarA revista Cijing, reconhecida pela qualidade de suas investigações, afirmou em seu site que "defende o direito dos jornalistas de cumprir sua missão em conformidade com a lei".
Por sua vez, o jornal britânico Financial Times informa nesta segunda-feira que o governo chinês cessou efetivamente suas compras de ações e suas intervenções, endurecendo ao mesmo tempo a repressão contra as pessoas acusadas de desestabilizar os mercados.
O ministério da Segurança Pública anunciou durante o fim de semana que 197 pessoas foram "punidas por terem propagado rumores on-line" sobre vários temas, entre eles a queda das bolsas ou as recentes explosões de Tianjin.
Segundo a Xinhua, um dos rumores afirmava que um homem se lançou do alto de um edifício em Pequim devido à crise na bolsa.
Em julho, as autoridades imputaram a queda das cotações às "vendas a descoberto maliciosas" (vender uma ação que não se possui apostando em sua baixa) e anunciou a abertura de investigações.
Mas nem essas declarações nem as intervenções maciças conseguiram tranquilizar os investidores ou levar à recuperação das bolsas de Xangai e Shenzhen, que voltaram a cair na semana passada.
A Xinhua informou igualmente que foram detidos um responsável do regulador de mercados e outros quatro agentes de corretagem por infrações no mercado da bolsa.

Bovespa fecha em queda e tem a pior perda mensal do ano

Bovespa fecha em queda e tem a pior perda mensal do ano

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caiu 1,12%.
Em agosto, a bolsa caiu 8,33%; no ano, há baixa acumulada de 6,76%.

Do G1, em São Paulo
O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira (31), com o mercado repercutindo a divulgação da proposta de Orçamento do governo brasileiro para 2016 prevendo déficit primário.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caiu 1,12%, a 46.625 pontos. Veja a cotação. Na mínima do dia, o índice chegou a cair mais de 3%.

Em agosto, a bolsa caiu 8,33% - a maior perda mensal de 2015. No ano, há baixa acumulada de 6,76%.

O mercado reagiu a novos sinais de dificuldade do governo federal em promover o ajuste das contas públicas, com o envio da proposta orçamentária para 2016 prevendo déficit primário. As perdas contudo, foram contidas pelo avanço de Petrobras, na esteira da disparada dos preços do petróleo.
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Bovespa em agosto
Veja a variação da pontuação de fechamento.
50.13850.05850.28750.01148.57749.35349.07248.38848.00947.50847.21747.45046.58846.64945.71944.33644.54546.03847.71547.15346.625pontuação03/0804/0805/0806/0807/0810/0811/0812/0813/0814/0817/0818/0819/0820/0821/0824/0825/0826/0827/0828/0831/0844k46k48k50k52k
Gráfico elaborado em 31/08/2015
Petrobras fechou com as ações ordinárias em alta de 3,31% e com as preferenciais com avanço de 2,11%, revertendo as perdas iniciais, conforme os preços do petróleo também passaram ao campo positivo. As cotações da commodity fecharam com fortes ganhos, após dados da produção de petróleo nos Estados Unidos mostrarem queda e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) dizer que conversaria com outros produtores sobre preços baixos.

Itaú Unibanco e Bradesco caíram 3,56% e 4,08%, respectivamente, respondendo pelas maiores pressões negativas do Ibovespa, uma vez que o cenário de déficit fiscal corrobora apostas de agentes financeiros em rebaixamento do rating brasileiro e papéis de bancos estão entre os mais sensíveis a um eventual corte da nota de crédito brasileira. Banco do Brasil perdeu 5,06% e Santander Brasil cedeu 1,5%.

Nesta segunda-feira, o governo encaminhou ao Congresso Nacional proposta do Orçamento da União de 2016 prevendo um déficit primário do governo federal de R$ 30,5 bilhões de reais no próximo ano.
"Isso confirma toda a dificuldade do governo em reduzir gastos e intensifica o risco de perda da avaliação grau de investimento do país", disse à Reuters o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.
O economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, avaliou que indicar um déficit primário no Orçamento, em vez de superávit, "significa admitir que o país não consegue se decidir por um caminho que evite o pior".
"E significa também que não há consenso para transformar um desequilíbrio no presente em equilíbrio futuro. O resultado será uma dívida crescente. E um risco Brasil maior. Nesse caso, as agências de classificação provavelmente reduziriam o grau de investimento do Brasil", afirmou Goldfajn, em nota a clientes, segundo a Reuters.

O viés foi negativo em praças acionárias externas, reforçando o tom negativo na Bovespa, conforme seguem preocupações com as bolsas e a economia chinesas e incertezas sobre o primeiro aumento dos juros norte-americanos em quase uma década.
Na China, continuou a apreensão sobre a capacidade do governo chinês de lidar com o mercado em seu país, bem como a sua economia.